sábado, 9 de maio de 2009

Votação do projeto que institui cotas nas universidades é adiada

Portal UOL Educação, 06/05/2009
Da Redação em São Paulo

A votação do projeto que estabelece 50% de cotas raciais, sociais e econômicas nas universidades foi novamente adiada, devido à falta de acordo a respeito dos percentuais a serem garantidos para cada uma destas divisões. O projeto de lei da Câmara (PLC 180/08) seria votado nesta quarta-feira (6) na CCJ (Constituição, Justiça e Cidadania). Além da falta de entendimento a respeito da quantidade de vagas que será garantida para cada uma destas divisões, mais um projeto com cotas, que destina 10% para portadores de deficiência, deverá ser contemplado no texto. O PL 1883/03 foi votado em decisão terminativa na CCJ da Câmara dos Deputados no último dia 29 e aguarda o prazo regimental para concluir sua tramitação e ser enviado ao Senado. A decisão de adiar a análise da matéria foi tomada ontem (5), em reunião no gabinete de Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da CCJ. A relatora da proposição, Serys Slhessarenko (PT-MT), declarou que não vai abrir mão das cotas por etnia, apesar de discutir uma eventual redução no percentual das cotas sociais. A relatora também defende a colocação em prática das mesmas regras determinadas para o Prouni (Programa Universidade Para Todos). No programa, são reservadas bolsas em universidades particulares para pessoas com deficiência e para os autodeclarados indígenas, pardos ou pretos, com percentual de bolsas proporcional à cada grupo, de acordo com o Estado. Caso a discussão nos próximos dias seja infrutífera, a relatora sugere que seja feita a votação e que "vença o relatório que tem apoio da maioria". Representantes de entidades da sociedade civil, como o Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), o Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) e a Abong (Associação Brasileira de Organizações não Governamentais), declararam seu apoio ao relatório da senadora Serys Slhessarenko e ao projeto na forma como está, com cotas por etnia, justamente o ponto que mais causa conflitos. "Um acordo no qual quem paga a conta é o estudante pobre e o negro não nos interessa" disse Sérgio Custódio, do MSU (Movimento dos Sem Universidade) à Agência Senado.




Reitores propõem que matéria do final do ensino médio fique de fora do Enem

Portal G1, 06/05/2009

Conteúdo dado nos dois meses finais do 3º ano ficaria de fora.

Comissão deverá aprovar a lista dos conteúdos em duas semanas

Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS


A comissão de reitores das universidades federais que assessora o Ministério da Educação (MEC) na elaboração do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) propôs que a matéria dada nos dois meses finais do terceiro ano do ensino médio seja retirada do programa. Representante da Região Sul nas decisões do MEC sobre o vestibular unificado, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alvaro Prata, disse que a comissão deverá aprovar a lista dos conteúdos em duas semanas.
Também ficarão de fora as questões de língua estrangeira. A medida vale apenas para este ano e foi uma decisão da comissão de reitores. O exame será aplicado em todo o país nos dias 3 e 4 de outubro. “A língua estrangeira ainda não é oferecida em todas as escolas, e não haveria tempo para a preparação dos estudantes”, disse o reitor, acrescentando que o conteúdo dos últimos meses não afetará a avaliação do MEC, que pretende analisar o que o aluno aprendeu durante toda a escolarização. Conforme o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, as matrizes para a elaboração das provas não estão prontas, e o prazo é insuficiente para a discussão. Qual língua estrangeira priorizar e como ela será cobrada são pontos a serem discutidos ao longo do ano. Porto Alegre - A notícia sobre a exclusão da disciplina repercutiu nas universidades. Para a reitoria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), instituição que adotou o exame como única forma de ingresso a partir do próximo exame, o fato de o conhecimento não ser exigido em 2009, não deverá afetar a qualidade dos ingressantes. “Quem busca a área da saúde tem formação em língua estrangeira. O inglês é importante porque grande parte do material científico é publicado em revistas da língua. Não constar da prova do Enem não impactará os ingressantes. É uma situação transitória e temos professores de inglês para ajudar os alunos”, disse a reitora Miriam da Costa Oliveira. Para a coordenadora de Ensino e Graduação da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, uma seleção sem língua estrangeira representa um retrocesso e a decisão pode atrapalhar na adesão da UnB ao processo. A universidade deve decidir sobre a participação da UnB no novo Enem nesta quinta-feira (7). A expectativa é de que 4 milhões de pessoas façam o exame. Todas as redações serão corrigidas, uma vez que a prova tem o intuito de avaliar o ensino médio, além de selecionar para as universidades.

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