segunda-feira, 16 de março de 2009

Colégios bons têm cota e sorteio para evitar perfil único

> Folha de São Paulo, 16/03/2009 - São Paulo SP

DA SUCURSAL DO RIO

As escolas públicas que, por sua qualidade, atraem a classe média acabam enfrentando outro dilema: como fazer para que suas vagas não sejam ocupadas exclusivamente por crianças de famílias mais ricas. Em algumas delas, especialmente na rede federal, a resposta foi a introdução de sorteio ou cotas nos exames de acesso. A escola técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por exemplo, desde 2007 reserva vagas para alunos negros ou de escolas públicas. "Para que o acesso fosse mais justo, optamos pela reserva de 30% das vagas", diz o diretor Júlio Heck. O mesmo aconteceu na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, no Rio. O diretor, André Malhão, diz que o objetivo não foi tirar a classe média da escola, mas, sim, dar oportunidades também a alunos da rede estadual. Em alguns colégios de aplicação vinculados a universidades federais, também houve mudança no processo seletivo para equalizar as chances. O Colégio de Aplicação da UFRJ aboliu desde 1999 as provas de seleção (vestibulinhos) para trabalhar apenas com sorteio.

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